Seguidores

terça-feira, 18 de setembro de 2012

1

Lateralidade, estruturação espacial e temporal

É muito importante a psicomotricidade da criança na educação infantil ser bem desenvolvida pois quando chegarem na alfabetização não terão grandes dificuldades na aquisição da leitura e escrita. O problema é que a educação infantil não está sabendo a diferença de trabalhar o letramento da alfabetização. Convivemos com o letramaneto desde o nascimento, o bebê lê, a criança (não alfabetizada) lê, o dito "analfabeto" também lê... vamos mudar a nossa prática. Infelizmente como trabalhei com alfabetização (1º ano) vi que as crianças já vem da educação infantil sabendo o alfabeto, o pre-nome, numerais... mas tudo sem sifinifado algum, aí acontecem as trocas citadas abaixo de uma letra poor outra e uma infinidade de outros problemas que já estamos casnados de conhecer. Lateralidade A criança percebe que seus membros não reagem da mesma forma. Terá mais força e ou agilidade no lado direito ou esquerdo. A definição da dominância lateral depende de fatores neurológicos, genéticos e de hábitos sociais. É , em média , aos 4 anos que a preferência lateral das crianças se afirma. (LE BOUCH, 1987) Segundo Jean Le Boulch, a lateralização é a tradução de uma assimetria funcional. Os espaços motores que correspondem que correspondem ao lado direito e ao lado esquerdo do corpo não são homogêneos. Má estruturação da lateralidade: Dificuldade na linguagem Não segue direção gráfica Caderno desorganizado Descompromisso Indecisão Insegurança Enfim, lateralidade é o uso que as pessoas fazem de uma das duas partes do seu corpo. Todas as funções corporais são determinadas pelo lado esquerdo ou pelo direito. A criança, como também o adulto, tem sempre um lado do corpo que utiliza mais quando executa uma atividade, um movimento, como pegar e usar objetos, escrever, etc. Não se deve forçar a mudança do lado dominante da criança. O conhecimento e o domínio específico de um dos lados do corpo só é adquirido por ela quando há uma perfeita sintonia do esquema corporal. O bebê ao nascer não tem opção por nenhum dos lados do corpo, ou seja, a posição reflexa é assimétrica: os membros do corpo ficam esticados para o lado em que a cabeça está virada. Já no terceiro mês de vida, ela entra num período de simetria: quando deitada de costas, movimenta igualmente os dois lados. Aproximadamente com um ano meio de idade, já expressa preferência por um dos lados do corpo, notando-se isso quando ela passa a usar sempre a mesma mão para realizar determinadas tarefas. Mas nem sempre essa preferência se mantém; os dois lados são ainda utilizados. Aos três anos ela já utiliza exclusivamente a mão dominante. É importante então não forçá-la a usar só a mão direita se o predomínio é dado à mão esquerda. Para um efetivo conhecimento da lateralidade, é preciso levar a criança a: - dominar a noção de esquerda/direita em relação a seu corpo e ao ambiente; - estabelecer com clareza o lado dominante do seu corpo; - empregar os termos direita e esquerda; - compreender que nosso sistema de escrita é convencionado da esquerda para a direita. O domínio da lateralidade faz parte de um complexo de habilidades que envolvem o esquema corporal, a orientação espaço-temporal e as percepções. Sugestões de atividades de lateralidade As crianças devem ser estimuladas a partir de propostas variadas e oportunas. 1. Determinar a mão dominante realizando exercícios de apanhar objetos, lançar bolas, recolher papéis, grafar. 2. Reconhecer que o corpo tem dois lados exatamente iguais. O professor apresenta um dos lados de um boneco desenhado em cartolina e dobra o outro. As crianças são estimuladas, pouco a pouco, a descobrir as partes do corpo do boneco que se encontram no lado coberto. No final, o professor desdobra o desenho e apresenta a figura completa. 3. Colocar uma fita azul amarrada no pulso direito e uma fita vermelha amarrada no pulso esquerdo. A um sinal determinado pelo professor, as crianças devem erguer o braço dominante, ou o braço solicitado. 4. Obedecer ordens dadas pelo professor: “A porta está do seu lado direito. Vá abri-la!” ou “As janelas estão do seu lado esquerdo. Feche uma delas.” 5. Apontar o colega que está sentado à direita ou à esquerda. Dizer o nome dele. 6. Caminhar para a direita ou para a esquerda. 7. Dar passos para a direita. Dar meia volta e continuar caminhando só pelo lado direito. Fazer o mesmo com o lado esquerdo. 8. Fazer movimentos seguindo ordens de comando: “Virar à direita! Virar à esquerda! Levantar o braço direito! Levantar o braço esquerdo! Apontar para a direita! Apontar para a esquerda!” 9. Ao passar para o trabalho com material gráfico, o professor deve valer-se dos exercícios de simetria, solicitando às crianças que completem o lado da figura que não está desenhado. – Estruturação Espacial: É a orientação, a estruturação do mundo exterior, referindo-se primeiro ao “eu”, depois a outros objetos e pessoas em posição estática ou em movimento. Má formação da estruturação espacial: Gestos imprecisos Não diferencia d/b; 12/21; n/m Inibição – Estruturação Temporal É a capacidade de situar-se em função da: Sucessão de acontecimentos (antes, após, durante) Duração dos intervalos Renovação cíclica de certos períodos Irreversibilidade do tempo Tipos de tempo: subjeto objetivo Má formação da estruturação temporal: Movimentos quebrados Desorganização Dificuldade em matemática Leitura interrompida Não consegue relatar fatos Assim como as demais áreas de conhecimento, a educação física tem um papel importante na formação dos alunos, pois objetiva ajudá-los a tomar consciência de seu corpo e a trabalhar o equilíbrio emocional e a auto-estima. Ao participar de uma aula dessa área do conhecimento, o aluno tem a oportunidade de lidar com suas limitações e potencialidades, com a satisfação proporcionada pela superação de limites ou com a frustração de viver o fracasso. Aprende a cooperar com o grupo, dividir um objetivo comum e respeitar os outros. Com isso, a criança vai construindo e reconstruindo conceitos por meio da sua percepção de mundo, na qual o corpo é o termo de referência. É através das relações espaciais que nos situamos no meio em que vivemos. Estruturação espaço-temporal A orientação espacial é a capacidade que tem o indivíduo de situar-se e orientar- se, localizar outra pessoa ou objeto dentro de um determinado espaço. Quando a criança aprender noções de situação, tamanho, movimentos, formas, volume e outras, ela atingirá a etapa de orientação espacial, ou seja, ela passa a ter acesso a um espaço orientado a partir de seu próprio corpo, multiplicando suas possibilidades de ações. Nas palavras de Coste (1978), “o espaço da criança inicialmente é muito limitado, reduzido às suas impressões táteis (o corpo da mãe, o berço...). O meio circundante é diferente do corpo. Seu mundo espacial constrói-se paralelamente ao seu desenvolvimento psicomotor. Neste contexto, é importante lembrar que a escola tem papel primordial, onde a equipe de profissionais possa atuar em consonância com o Projeto Político Pedagógico, selecionando conteúdos curriculares adequados, a fim de propiciar o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. Percebe-se nesse sentido, que a estruturação espaço-temporal é uma habilidade importante para uma adaptação favorável da criança, pois lhe permite não só movimentar-se e reconhecer-se no espaço, mas também desencadear e dar seqüência aos seus gestos, localizar as partes do seu corpo e situá-las no espaço, coordenar sua temporalidade e organizar sua vida cotidiana, sendo importantíssima no processo de adaptação do indivíduo ao meio, uma vez que tudo ocupa um determinado lugar no espaço em um dado momento. Todas as alterações e adaptações que ocorrem no meio ambiente e nos indivíduos, passam, antes de tudo, pela adaptação ao tempo e ao espaço. O tempo é constituído por quatro níveis, duração, ordem, sucessão e ritmo que se relacionam entre si, formando a estruturação temporal do individuo. Com o desenvolvimento da estruturação temporal, a criança começa a distinguir as sucessões de acontecimentos (antes, após, durante), a duração dos intervalos (tempo longo, curto), a renovação cíclica de certos períodos (dias, meses, estações, anos) e os ritmos exteriores e do corpo (são fatores de estruturação temporal que sustenta a adaptação do tempo). As noções temporais são muito abstratas, muitas vezes bem difíceis de serem adquiridas pelas crianças. Para Coste (1981 p, 57) “a adaptação ao tempo é função do desenvolvimento do conjunto da personalidade”. Portanto nota-se, que através do desenvolvimento do esquema corporal, ou seja, da conscientização da criança em relação ao seu próprio corpo, do movimentar-se e das suas relações com o exterior, é que ela passa ter, progressivamente, noções sobre o tempo. O espaço é definido pela sua variedade de significados, podendo estar relacionado a uma extensão infinita (espaço sideral), a uma extensão superficial limitada (medidas) e a uma extensão de tempo e intervalos (minutos, lento, rápido). Portanto, o trabalho interdisciplinar permite à Educação Física uma interação na construção do conhecimento na escola, fazendo uso de conteúdos inerentes à sua formação e articulando-os com as demais disciplinas curriculares. Por isso, a estruturação temporal, "requer uma construção intelectual por parte da criança, baseada em operações que são paralelas às envolvidas no pensamento lógico-matemático" (Condemarin apud Gomes, p.64,1998). Ainda no que diz respeito à estruturação espaço temporal, a criança pode apresentar diversos tipos de dificuldades na escrita, como aglutinações, separações indevidas, omissão ou adição de letras, sílabas ou palavras... A estruturação temporal proporciona à criança, a consciência do desenvolvimento das ações no tempo, solicitando mais a percepção auditiva da criança, em contraposição à estrutura espacial, que exige basicamente a percepção visual. (Gomes,1998, p. 66). Assim, a escola pode desenvolver atividades interdisciplinares, voltadas ao desenvolvimento da estruturação espaço-temporal, tais como: participação em diversos jogos e brincadeiras cantadas, apreciação e valorização de músicas e danças pertencentes à localidade, participação em atividades rítmicas com diferentes partes do corpo com execução de coreografias simples, entre outras, favorecendo deste modo a ampliação do repertório de habilidades e conhecimentos dos alunos.
Descobrimos quem é o maior da turma e o menor da turma.
Fontes: LE BOULCH, Jean. Educação Psicomotora.Artes Médicas, Porto Alegre, 1988. DE MEUR & STAES. Psicomotricidade – Educação e Reeducação. Ed. Manole, 1984 BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996. Publicada no Diário Oficial da União em 20 de dezembro de 1996. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação Física/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. 126p BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução aos parâmetros curriculares curriculares/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. 126p. Revista Professor Sassá – É arte na escola. Editora Minuano. Ano 1 - n 1. Por: Iara Maria Stein Benítez em 15/02/2012 Colaboradora do site Cola da Web Blog: O mundo da alfabetização

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

1

Esquema corporal

1 – Esquema Corporal Representação global que a criança faz de seu próprio corpo. Ela percebe-se e percebe os seres e as coisas que a cercam em função de sua pessoa. Perceber as partes do corpo. Ter controle de si mesmo. Para a criança, não se trata de conhecer o nome das diferentes partes do corpo, mas de movimentar-se livremente e de sentir-se à vontade. Executar movimentos globais e precisos Má estruturação do esquema corporal: Leitura desarmônica Movimentos descoordenados Lentidão Postura inadequada Descontrole das partes do corpo Timidez Dificuldade em se expressar Dificuldade em se relacionar Desatenção Sugestões: Quebra cabeça dp corpo; Fazer contorno do corpo; Recortar de revista rosto de alguem colar no papel e pedir para completar o corpo (isso funciona bem com dobraduras de rosto de bichinhos tb); Dar um deneho do rosto e pedir para que completem com o que está faltando; Músicas como Boneca de lata Segue letra: Minha boneca de lata Bateu com a cabeça no chão, Levou mais de 1 hora Para fazer arrumação. Desamassa aqui (cabeça) pra ficar boa. Obs:Poderá acrescentar: A minha boneca bateu: O pé.........................2 horas A mão......................3 horas O joelho...................4 horas A barriga.................5 horas. Vamos passear. As crianças deverão andar livremente pela quadra e/ou formar uma fila,na medida que a fila for andando, as crianças repetem cada frase da brincadeira (abaixo) proposta pela professora. Vamos passear? Então vamos lá! Pra cima não dá (repete) Pra baixo não dá (repete) Vamos passear? Então vamos lá! Olha o túnel (todos se abaixam) Obs:poderá substituir o túnel pela ponte,rio,etc... Bate na mão. As crianças deverão permanecer sentadas em círculo, voltadas para o centro ou em pé.Cantando a música e realizando os gestos: Bate na mão, Bate no chão, Bate na mão, Põe a mão no cabeção. Obs:Poderá substituir o cabeção por outra parte do corpo. Música xuxa : Bem, os CDs da Xuxa são ótimos para trabalhar Esquema Corporal! Citarei os três primeiros CDs e as faixas que mais utilizo! As letras "falam por si"! - CD 1 - faixas 5, 7, 10, 11, 12 e 14. Sempre finalizo as atividades com uma faixa mais "calma": faixa 15; - CD 2 - faixas 2, 3, 4, 7, 9, 11, 15. Para finalizar: faixa 20; - CD 3 - faixas 1, 2, 4, 8, 9. Para finalizar: faixa 17. São só algumas sugestões.. pena que não estou conseguindo postar fotos hj... :(
0

Psicomotricidade

Olá pessoal! Hoje, quero falar um pouco a respeito da psicomotricidade infantil o que para mim é primordial trabalhar na educação infantil.Muitos profissionais de Educação Infantil acabam esquecendo-se de se apronfundar no currículo da educação infantil e querem "alfabetizar" crianças de 4 e 5 anos. Esse ano em minha turma tenho um aluno de 4 anos que lê muitas palavaras e sua oralidade e compreensão do mundo é impressionante, pensei inclusive em propor a direção colocá-lo em uma turma de 2º período... logo desisti. Ele não tem o esquema corporal desenvolvido, não tem noção de lateralidade, seu desenho é ainda simples, tem muitas dificuldades... então de que adianta ele ler se não sabe fazer um reconto escrito por desenho, se tem dificuldades em grafar algumas letras do alfabeto?? Acho que precisamos repensar a educação infantil e parar de querer ensinar alfabeto, de querer que as crianças decorem as coisas... coisas que não tem nenhum significado para elas.Parar de dar atividades de pintar, atividades prontas... precisamos explorar ao máximo a criatividade dos pequenos bem como o direito a livre expressão, precisamos ensina-los a pensar.... Por isso resvolvi falar esses dias a respeito da psicomotricidade ... espero ajudar... claro não sei tudo.. rsrs mas quero compartilhar o pouco que sei. beijokas
0

Respeito as diferenças

Olá pessoal Já disse que um dos meus livros preferidos é o Orelhas de Mariposa, né?? Resolvi compartilhar com vcs p que possam trabalha-lo quando estiverem trabalhando o respeito as diferenças. É de uma riqueza impressionante.. amooo! Vale a pena tê-lo com vc.. se puder não deixe de adquiri-lo. Beijokas e espero que gostem. Até a próxima!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

1

Sugestões de atividades para a educação infantil

Olá pessoal.. Estava pesquisando algumas atividades para educação infantil e achei essas sugestões bem legais. Espero que gostem. Beijos SUGESTÕES DE ATIVIDADES - EDUCAÇÃO INFANTIL CONHECIMENTO DE MUNDO- 4 a 5 anos MOVIMENTO 1- O jogo dramático: neste jogo a criança deixa de ser ela mesma para se tornar um personagem, um animal, um objeto; 2- Imitação de expressões faciais: triste, alegre, zangado, etc. 3- Brincadeira livre em pequenos grupos, com a observação do professor, que poderá fazer algumas interferências quando necessário. 4-Jogo da Marionete: simula que em cada segmento tem um fio que ao ser esticado o move. Uma criança move os fios e o outro tente mover-se em função da ação do colega. 5- Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar, etc. 6- Brincadeiras que utilizem habilidades como força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos que participa como: correr com um pé, pular corda, etc. 7- Pedir que os alunos façam algumas representações corporais como: derreter como um sorvete, balançar como as folhas de uma árvore, etc. 8- Brincadeira do siga o mestre: o professor realiza gestos para os alunos imitar. 9- Trabalhar com cantigas de roda; 10- Ao som de músicas instrumentais realizar movimentos suaves; 11- Fazer movimentos seguindo o ritmo de toques de tambor; 12- Trabalhar com as crianças diferentes modalidades musicais explorando movimentos variados. 13- Utilizar alguns materiais, em contato com o corpo da criança para proporcionar atividades sensíveis interessantes como: gelo, areia, água, etc. 14- Banho de mangueira; 15- Atividades com objetos de pesos variados; 16- Utilizando o piso da sala de aula e da área externa fazer com que os educandos percebam a diferença de temperatura entre ambos; 17- Trabalhar o reconhecimento dos sinais vitais e de suas alterações, como a respiração, os batimentos cardíacos. 18- Participa de brincadeiras e jogos que envolvem correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se e dançar. 19- Atividade livre na área da escola; 20- Atividade de comando com música; 21- Atividades de transpor obstáculos; 22- Circuito – atividade de percurso de acordo com a turma- obstáculos para subir, descer, pular, rolar, etc. 23- Atividades com raquetes: equilibrar bolas nelas, lançar bola no ar e amortecer a queda com a raquete; 24- Lançar aros pequenos no ar; 25- Pescar os aros com os pés, as mãos e com uma vara; 26- Bater no balão com diferentes partes do corpo MÚSICA 1-Entoar sons e canções em diferentes alturas; 2- Sentadas em circulo uma criança caminha, pela parte externa da roda, segurando uma bola. O educador segue o tempo da criança com um instrumento de percussão e cantando. 3-Quando pára de cantar, a criança dá a bola à outra do círculo e senta no lugar que esta deixa; 4- Caminhar, batendo dois bastõezinhos. Ao ouvir o som do apito, bater no chão com rapidez; 5- Cantar uma canção escolhida, enquanto o educador permanece em pé, Parar de cantar quando ele se senta; 6- Fazer rolar uma bola pequena com a ponta do pé enquanto soa a melodia. Pôr o pé sobre a bola toda vez que a melodia se interromper. 7- Jogos musicais; 8- Criação de pequenas canções; 9- Solicitar que os alunos cantem a música que mais apreciam; 10- A educadora canta uma música, escolhida de acordo com a idade da criança, depois pára e pede para a turma continuar a melodia. 11- Ouvir músicas variadas, com ritmos variados; brincar de dança das cadeiras com diferentes ritmos, a criança tem que seguir o ritmo musical; 12- Dançar e cantar em dupla em sincronia com o colega; 13- Brincar de mímica tendo como tema uma música; 14- Dançar interpretando a letra de uma música. 15- Construção de instrumentos musicais de sucatas com os educandos; 16- O educador depois de ter trabalhado, separadamente, as construções dos instrumentos poderá formar uma bandinha com as crianças; 17- Utilizando garrafas cheias e vazias trabalhar a diferença de sons produzidos por eles; 18- Fazer uma comparação do som dos instrumentos feitos com materiais recicláveis com o som dos instrumentos originais; 19- Escuta obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outr os povos e países. 20- Apreciar músicas de repertórios variados (clássica, MPB, folclóricas, etc.). 21- Busca informações sobre as obras ouvidas e seus compositores 22- O educador sempre que trabalhar uma música com os educandos deverá comentar sobre o compositor e o que ele quis transmitir com a letra da mesma. ARTES VISUAIS 1- Desenhar livremente sem a intervenção direta do professor; 2- Pintar um lado da folha de jornal com tinta guache e dobrar, para ver o que acontece; 3- Usar a técnica da pintura a sopro – guache no papel, em cores variadas, ir soprando e formando o desenho. Perguntar as crianças: Como e por que isso acontece? 4- Propor as crianças que façam desenhos a partir da observação das mais diversas situações, cenas, pessoas e objetos; 5- Oferecer diversas atividades simultâneas, como desenhar, pintar, modelar e fazer construções e colagens para que as crianças possam fazer suas escolhas; 6- Desenhar auto-retrato; 7- Rasgar ou dobrar papéis com texturas variadas. 8- Passear pelos espaços da Unidade Escolar procurando objetos de cores e formas variadas e texturas do ambiente; 9- Trabalhar com barro, levando as crianças a perceberem sua textura, cheiro, cor, temperatura, criando formas e figuras, que depois de secas podem ser pintadas com tinta guache e envernizada com cola plástica. 10- Montagem de painéis que contenham ampliações dos desenhos de figuras humanas elaborados pelas crianças do grupo; 11- Ornamentar um bolo de aniversário ou uma mesa de festa; 12- Ilustrar um livro. 13- Exploração de diversos materiais (massa, tinta, argila, giz, areia, plástico, sementes, sucatas, etc.); 14- Brincar de desenhar numa caixa de areia grande; 15- Trabalhar com “óculos’ feitos de cartolina e papel celofane coloridos, para que notem que as cores se alteram, quando vistas de “óculos”. “Lentes” azuis para olhar objetos amarelos fazem com que se tornem verdes. 16- Fazer maquetes de cidades ou brinquedos que envolvem a composição de volumes, proporcionalidades, equilíbrios, etc. 17- Conversa informal, nas rodas interativas, sobre a organização e cuidado que elas devem ter em relação aos materiais e espaço físico da sala; 18- Estabelecer combinados com as crianças, expondo-os na sala de aula; 19- Guardar e organizar a sala. 20- Conversa informal, nas rodas interativas, sobre o respeito e cuidado que elas devem ter em relação aos objetos produzidos; 21- Estabelecer combinados com as crianças, expondo-os na sala de aula. 22- Exposição dos trabalhos das crianças na sala de aula e em área externa da escola; 23- Organizar uma exposição aberta à comunidade sobre algo que esteja sendo trabalhado; 24-Decoração de festas (juninas, natalinas, aniversários, etc.) utilizando as próprias produções das crianças. 25- Entrar em contato com diversas produções artísticas para que as crianças possam diferenciá-las; 26- Criar com as crianças um álbum de fotografias, um álbum de desenhos, etc. para apreciação; 27- Apresentar as crianças diversas esculturas. 28- Elaborar perguntas que instiguem a observação, a descoberta e o interesse das crianças, como: “O que você mais gostou?”Como o artista consegue estas cores? “Que instrumentos e meios ele usou? O que você acha que foi mais difícil para ele fazer? 29- Criar espaços para a construção de uma observação mais apurada, instigando a descrição daquilo que está sendo observado; 30- Permitir que as crianças falem sobre suas criações e escutem as observações dos colegas sobre os seus trabalhos 31- Comentar sobre os resultados dos trabalhos. 32- Observação de figuras humanas nas imagens da arte; 33- Observação de corpos em movimento pesquisados em revistas, em vídeos, em fotos; 34- Observar o próprio corpo diante do espelho. 35- Apresentação de obras de arte de alguns artistas famosos (Miró, Portinari, Monet, etc.) ou imagens para que as crianças narrem, descrevam e interpretem; 36- Reconstruir “outros quadros” a partir de obras de arte (quadros famosos) que retratem o cotidiano (ex; Ciranda, de Portinari). 37- Apresentação de quadros de artistas plásticos famosos ou imagens para que as crianças possam conversar sobre ele e sobre suas experiências pessoais. Fonte: http://pedagogiccos.blogspot.com.br/2009/07/sugestoes-de-atividades-educacao.html

domingo, 26 de agosto de 2012

0

Quantos somos!

Uma forma que adoro trabalhar quantos somos.. primeiro conversamos sobre a escola, espaço físico... após pedi para que cada um se desenhasse.. depois cortei e eles colaram o desenho no palito.. depois fizemos o quantos somos.. foi bem divertido.. e foi uma atividade muito significativa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

1

A Bicharada No Jardim

OLá pessoal! Esse ano a escola está com o projeto: A bicharada no jardim. Cada professor escolheu um mascote´para a sua turma. Escolhi a Borboleta pois sou apaixonada por elas. Para abrir o projeto fiz uma montagem do cd saltibancos e eu e o grupo de professores do vespertino do 1º periodo e o coordenador. A apresentação foi bem divertida, a comunidade escolar elogiou bastante e as crianças ficaram encantadas!!! Valeu muito a pena! Confiram algumss fotinhas!
0

Voltando...

Olá pessoal.. a greve acabou tem é tempo e eu ainda não tive ânimo de postar... as coisas estão bem difíceis.. estou muito cansada. Mas estou voltando aos poucos. Espero poder continuar contribuindo com todos! Beijo grande!

terça-feira, 13 de março de 2012

1

Professores em GREVE no DF!



Atenção nobres professores,
chegou a hora de mostrar para o Brasil que Brasília não é uma cidade de esnobes vândalos que queimam índios ou oportunistas atrelados a cabedismos políticos. Nós temos voz ativa e vamos mostrar para o país o que é uma categoria coesa, mobilizada e muito bem articulada. Daremos um passo na história, catapultando o padrão de vida dos professores. Seremos um exemplo que irá impelir professores de todos os municípios a defenderem sua dignidade e a dignidade do país. Cuidado com a falácia facista do governador de que o salário dos professores de Brasília é o maior do Brasil, ele está nivelando os professores pela situação absurda e miserável que vivem outros professores pelo Brasil afora,como se dissesse: ” os miseráveis daqui comem 2 vezes por dia, do que estão reclamando se em outras regiões comem só uma vez por dia”. Esse é um discurso tipicamente autoritário, de quem governa manobrando as massas, ou seja, despolitazando o povo para fazer a sua própria política tendenciosa, jogo sujo.
Portanto é bom que saibamos: essa greve tem que ser um marco na história da categoria, pois é a partir dela que nenhum político terá a petulância de pechinchar com os professores, como quem pechincha com vagabundos, e é a partir dela que o país vai perceber que não são os professores de Brasília que vivem como príncipes, mas os professores de outras regiões que vivem como indigentes, até o ponto em que se reestruture a lógica do raciocínio nacional e todos descubram que: quando um político nivela por baixo quem já não vai bem é porque só pensa nos seus interesses e mais ninguém.
* A nossa vitória será uma vitória da educação nacional.
* A vitória de Agnelo será a manutenção da exploração e do descaso.
Qual lógica vocês preferem? em caso da primeira entrem para a luta.No caso da segunda, apenas vejam as notícias na televisão e comentem: Os professores estão prejudicando a vida dos meus filhos.
” façam a revolução nas escolas e teremos uma revolução no país” (Celso Furtado)

domingo, 11 de março de 2012

0

Adaptação - Bibi vai para a escola

Olá pessoal, na semana de adaptação apresentei uma adaptação do Livro Bibi vai para a escola de Alejandro Rosas. Fiz um monólogo bem simples. As crianças ama essa história e ela é excelente para a semana de adaptação. Foi bem legal. Depois exploramos a história em sala, omparando a Bibi com eles, as crianças se identificam muito com a personagem. Fizemos o desenho da Bibi livremente, fizemos um cartaz coletivo das coisas que a Bibi gosta e depois fizemos o desenho da Bibi para completar os membros superiores e inferiores, bem como olhos, boca , nariz orelhas e cabelos. As crianças de divertem com essas atividades.
Sugestão de site do autor com diversas atividades sobre a Bibi.












0

Volta as aulas

Olá pessoal voltando com muita animação. Esse ano continuo com uma turma de 1º período ( 4anos), minha sala tem 24 alunos sendo que 9 meninas e 14 meninos.. sim a maioria meninos. A sala estpa lotada, mal da para se movimentar, fico triste pq o trabalho do professor fica extremamente prejudicado. Não tem como realizar atividades básicas da rotina como rodinha, na verdade fazemos montinho... triste isso né? A escola é linda , mas tem essa grande falha. Esse ano achamos que teríamos 22 alunos nas turmas.. falsa ilusão. Infelizmente o governo do DF sempre arruma um jeitinho de driblar a lei para nos prejudicar. Mas isso não é para ser comentado neste momento.
Esse ano o tema do projeto anual da escola será: A bicharada no jardim. Amei o tema que é de uma riqueza profunda e o melhor, será possível trabalhar como gosto, construindo conhecimento com as crianças. E desde já aceito sugestões das colegas , ok? Bem um ótimo ano para todos e que possamos fazer a diferença na vida de nossas crianças.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

1

Passo a Passo Laço Fácil - Rizzo Embalagens

Esse é o meu laço fácil que amo... comprei no taguacenter em um armarinho... valeu muito a pena. Para faxer embalagens é perfeito... detalhes em nossas peças de eva, bicuit, scrap e o que a imaginação mandar.
Espero que gostem.
Beijokas

0

Maquina manual para fazer mini Lacinhos

Gente eu amei! Não poderia deixar de compartilhar com vcs. Como tenho a máquinazinha e para mim é super útil (paguei 35,00) mas essa dá para fazer em casa sem custo praticamente. Vale a pena! Espero que gostem e parabéns para lindinhalika que teve essa ideia e compartilhou.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

0

Retorno as aulas

Enfim, o que tanto esperamos acontece... chega a nossas mãos a tão esperada lista com os nomes dos nossos pequenos. Nesse momento é um misto de sentimentos, alegria, medo, dúvidas, angústias... e agora?
A primeira coisa que me vem a mente é: Eles vão chorar, são bem ativos? E os pais... será que são legais, participativos?
E eu? Será que vou gostar, que vou ficar feliz, que desempenharei bem o meu profissional com competência? Primeiro dia então... aiai o que fazer com eles?  Ah aí eu fico imaginando como será cada um... mas isso n importa, pq eu sei que sempre me apaixono por cada um. E isso é demonstrado nas atividades preparadas com tanto carinho e dedicação.
Mas sabemos que todos esses nossos sentimentos é uma adaptação. sim, professor também passa por essa fase de adaptação a cada ano que conhece uma nova turma. "A adaptação não é nada mais que o conhecimento, a conquista entre todos os envolvidos. É a tradução da expectativa, por mais que o professor esteja prestes a se aposentar, pois a partir de agora, mesmo tendo convivido com inúmeras e diferentes experiências, ele ainda não sabe o que o espera e mesmo assim, pode acreditar, acredita que tudo ficará bem, por isso é professor." Hoje, algo me surpreendeu, eu vi professores que faltam 4 anos para se aposentarem aceitarem um novo desafio, acostumados a escolher turmas de crianças com 5 anos, surpreendetentemente escolheram turmas com crianças de 4 anos. Imaginem só os sentimentos desses professores? Também passarão por uma adaptação.. mas isso realmente é ser professor e também não ter medo do  novo.

Boa sorte e feliz retorno para todos nós. Que tenhamos um ano cheio de alegrias, de ideias e disposição. 


Estaremos aqui, compartilhando ideias e aceitando ideias também.


Contem comigo e eu contarei com vcs.


Beijokas

domingo, 5 de fevereiro de 2012

0

Adaptação bem feita

Adorei. Vale a pena ler galera!

 

Bebês e crianças pequenas se sentem à vontade quando a creche acolhe as famílias e os objetos pessoais de todos


A decisão de matricular o filho na Educação Infantil é movida por diferentes razões. Alguns precisam apenas de um lugar para deixá-lo, enquanto outros entendem que esse é o ambiente mais apropriado para os pequenos. Nos dois casos, os primeiros dias na creche costumam não ser fáceis. As mães (ou responsáveis) choram discretamente, se sentindo culpadas pela separação, e a criançada abre o berreiro ao ver os adultos saírem pela porta. Evitar cenas assim é possível quando os profissionais escolares programam uma boa adaptação para todos. "Como, na maioria das vezes, essa é a primeira vivência de meninos e meninas num espaço coletivo fora de casa, devemos fazer dessa experiência a grande e boa referência para as próximas relações", diz Beatriz Ferraz, diretora de projetos de formação continuada da Escola de Educadores, em São Paulo.
No Colégio Farroupilha, em Porto Alegre, a professora Edimari Rodrigues Romeu tem grande preocupação com a adaptação. "Para amenizar o sofrimento das famílias, é preciso mostrar que as crianças ficam bem na creche", lembra. Com isso em mente, ela desenvolveu no início deste ano o projeto Um Cantinho da Minha Casa na Escola com sua turma de berçário. O trabalho com os pequenos, de até 1 ano e meio, durou dois meses e rendeu um diploma por ter ficado entre os 50 melhores do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 em 2007.
Durante a entrevista com as famílias, Edimari pediu fotos das crianças com os parentes, os animais de estimação e os brinquedos preferidos. "É importante que elas encontrem objetos pessoais na escola", justifica. "Isso dá a sensação de extensão de casa na instituição." Com o material, escolheu um canto, colocou um tapete colorido de EVA no chão e espalhou almofadas e brinquedos devidamente identificados. Em paralelo, confeccionou um painel com os retratos. Tirou cópias coloridas e as fixou em cartolina branca com um adesivo transparente largo. Por fim, colocou o mural na parede numa altura acessível ao grupo.

Álbum de fotos
As imagens originais foram para álbuns individuais. A professora cortou ao meio folhas coloridas de tamanho A4 e colou as fotos em cada pedaço. Depois, digitou as legendas no computador e imprimiu em papel branco. Nelas, o nome das pessoas e a situação ("Pedro com seus avós no parque", por exemplo). Para garantir mais durabilidade, envolveu as folhas com plástico adesivo transparente. Com o furador, fez dois orifícios em todas as páginas e as uniu com barbante. Na capa, escreveu "Eu e minha família". Como a intenção era deixá-los ao alcance da criançada, ela tomou o cuidado de não usar grampeador nem fio de náilon para não causar machucados.
Todos os dias, alguém chegava com um brinquedo para juntar ao canto. Edimari reunia a turma numa roda, fazia a chamada e mostrava o novo objeto. "Eu contava quem havia trazido e estimulava o empréstimo, mas nem sempre era atendida. Quem não queria compartilhar era respeitado", diz. Dessa maneira, ficava entendido o que pertencia a quem. O mesmo aconteceu com a inserção de fotos inéditas, com destaque para o nome e as peculiaridades de cada família.
O tempo todo, os pequenos estão livres para explorar o espaço. "Em alguns momentos, eles ficam um longo período olhando e observando seus parentes e os dos colegas", conta. Mas nem todos se acalmam vendo a imagem da família na parede. No princípio, era comum alguns chorarem de saudade. Quando isso acontecia, a educadora os pegava no colo e conversava sobre o momento em que se reencontrariam com os pais novamente. Um de seus argumentos era a proximidade da hora de saída. Para os que não têm autonomia para se locomover, como os bebês de colo e os que ainda não engatinham ou andam, a estratégia é levá-los ao painel ou fixar as fotos no chão com plástico adesivo transparente. Desde o início do ano, Edimari já refez o material algumas vezes por causa da manipulação, mas isso não é problema. O que importa mesmo é o bem-estar da turma.

Envolvimento de todos
O CEI Mina, na capital paulista, tem um projeto institucional de adaptação bastante elogiado. Assim que recebe a lista de interessados em fazer a matrícula, a diretora Rosangela Santos Barbosa marca uma entrevista com os pais ou os responsáveis. No dia combinado, ela aplica um questionário com perguntas sobre concepção, gestação, parto, relações afetivas, higiene, alimentação, sono e outros aspectos da vida da criança em casa. Sua intenção é reunir informações para que a equipe consiga fazer um atendimento personalizado. Depois, ela explica o planejamento pedagógico e apresenta todos os espaços e funcionários, dando ênfase aos lugares onde a criança vai ficar. O fim da conversa é um convite para que os adultos passem alguns dias na creche, acompanhando a rotina.
Rosangela tem objetivos definidos. "Quero proporcionar tranquilidade e fazer com que todos se sintam seguros acompanhando nosso trabalho", explica. A medida tem um ganho adicional. Com a família dentro da instituição, os professores aprendem mais rapidamente a melhor maneira de cuidar do novo integrante da turma. "O ideal é que a primeira troca de fraldas seja feita pela mãe com a observação do educador", defende a consultora Beatriz.
Na CEI Mina, os adultos participam ainda de palestras e discussões pedagógicas. "Sempre exibo um vídeo e leio sobre o tema adaptação antes de iniciar uma reflexão", conta a diretora. Além do ambiente preparado com mesa, cadeiras e videocassete, ela oferece um lanche. Nesse clima descontraído, todos se sentem à vontade para compartilhar impressões e angústias. Com o entrosamento no espaço escolar, Rosangela propõe uma oficina de sucata para a confecção de um brinquedo. A produção dos pais é sempre colocada na sala da creche. Outra iniciativa é integrar os participantes às atividades do dia-a-dia. "O envolvimento é tão grande que as pessoas não se restringem a dar atenção aos seus", narra.
Os especialistas recomendam ainda compartilhar um texto sobre o desenvolvimento infantil e explicar o que acontece em cada época da infância, principalmente na fase em que está o filho.

A equipe e a família
A equipe pedagógica também merece uma adaptação. "A rotina da instituição se altera completamente com a chegada de cada novo integrante, seja no início do ano, seja agora", justifica Silvana Augusto, assessora para Educação Infantil e formadora de professores, de São Paulo. Nesse caso, coordenadores e diretores devem orientar professores e demais funcionários sobre como se comportar: por exemplo, explicar aos cozinheiros que, se acriança rejeitar a comida, não é um problema do trabalho dele.
A adaptação é um período de aprendizagem. Família, escola e crianças descobrem sobre convívio, segurança, ritmos e exploração de novos ambientes, entre tantas outras coisas. Para as famílias das crianças do CEI Mina, fica a clareza de fazer parte da creche, pois a equipe considera o sentimento delas para desenvolver o próprio trabalho. "Estamos prontos para receber os pais. Eles são nossos parceiros!", diz Rosangela.
No Colégio Farroupilha, a professora gaúcha também alcançou seu objetivo: as crianças rapidamente ficaram tranqüilas dentro do novo ambiente. Para demonstrar isso aos pais ou responsáveis, fez fotos de diferentes situações, como a brincadeira no tanque de areia, a hora do lanche, o abraço apertado no brinquedo querido e os olhares felizes em direção ao mural. "As crianças aprendem a ficar longe da família e, com isso, se apropriam dos espaços da creche", avalia.

Fonte: Nova Escola
0

Adaptação: O fim dos 5 mitos

rianças chorando e pais ansiosos. Esse é o cenário que se vê todo início de ano nas portas de creches e pré-escolas. O momento é tenso para eles e também para o professor, que, sem a exata compreensão sobre o que se passa com os pequenos, tenta a qualquer custo fazer com que eles se sintam à vontade no novo ambiente.

As últimas semanas do ano ou as primeiras antes do início das aulas são momentos ideais para ajudar a equipe a se preparar para essas situações. Um bom caminho é, nas reuniões de formação, promover discussões para derrubar alguns mitos que rondam o período de adaptação. Confira abaixo cinco ideias que caíram no senso comum e precisam ser discutidas com os professores.
Mito 1
Criança que não compartilha brinquedos não está adaptada

Ilustração: Guazzelli
Ilustrações: Guazzelli
"Você tem de dividir o brinquedo com seu amiguinho." "Isso não é seu, empreste para ele." Frases como essas são comuns em uma sala de Educação Infantil. Para a criança, muitas vezes, elas podem soar como uma ordem, uma obrigação, causando choro e recusa. "Aos olhos dos adultos, a negação da criança em dividir é vista como egoísmo", esclarece Débora Rana. Criar uma situação ameaçadora, aumentando o tom de voz ou sugerindo uma punição caso a criança não divida ou colabore com um colega, não é o caminho.

O que acontece Nos primeiros anos de vida, a criança encontra-se num momento autocentrado do seu desenvolvimento e desconhece as regras de convivência social. A compreensão do sentido e do prazer de compartilhar virá posteriormente, depois de um processo mais amplo de reconhecimento do outro.

Como orientar os professores Nas reuniões de formação, leve referências teóricas sobre as fases de desenvolvimento das crianças e seus comportamentos, como os estudos do educador francês Jean Piaget (1896-1980). O trabalho com estratégias de partilha e colaboração pode ser facilitado se o professor for orientado a montar em sala grupos menores, com duas ou três crianças, e a promover combinados - como o de que a criança pode ficar com um brinquedo por certo tempo, mas que depois deve cedê-lo ao colega. Agir de maneira firme e ao mesmo tempo acolhedora, a fim de mediar os conflitos e não negá-los ou resolvê-los de forma impositiva, é outra dica. Na hora do impasse, o ideal é expor o conflito e descrever para a criança as consequências de querer o objeto só para ela. Além disso, incentivar que elas verbalizem o que estão sentindo e encontrem soluções em conjunto ajuda no processo de mudança de atitude.

Mito 2
Criança adaptada é extrovertida e participativa

Ilustração: Guazzelli
Durante uma brincadeira de roda, a turma está toda junta, cantando. Apenas uma criança olha para o teto, cantarola baixinho alguns versos e não interage com as outras. A professora chama a atenção: "Cante mais alto! Você está triste? Por que nunca participa?" Certamente, quem age assim pensa que está incentivando a interação. Contudo, pode ocorrer o efeito contrário. "O mais adequado é se perguntar qual estratégia seria melhor para que a criança responda às atividades", diz Ana Paula Yasbek, coordenadora pedagógica do Espaço da Vila, em São Paulo. Elogiar apenas os alunos mais participativos aprofunda o sentimento de não-pertencimento.

O que acontece Existem as crianças extrovertidas, como também as tímidas. O respeito à personalidade de cada uma é essencial para o processo de adaptação e o direito à timidez precisa ser assegurado.

Como orientar os professores As estratégias para integrar as crianças devem ser procuradas pelo conjunto de educadores - e, certamente, com a ajuda dos pais. Para tanto, uma entrevista do coordenador pedagógico com os familiares sobre as preferências dos filhos é fundamental. Esse material será cruzado, durante a formação, com os registros de classe, relatórios de adaptação e portfólios. O que está sendo proposto atende às necessidades da criança? É possível também fazer visitas à sala ou gravar vídeos para perceber as práticas que funcionam melhor para cada criança e para o grupo.

Mito 3
Na Educação Infantil, todos precisam ser amigos
Ilustração: Guazzelli
"Que coisa feia! Dá a mão para o seu colega." Fazer com que as crianças se tornem amigas não é tarefa da escola, mas ensinar a conviver é um conteúdo imprescindível na Educação Infantil. Nem crianças nem adultos são amigos de todas as pessoas que conhecem e não por isso a convivência pessoal ou profissional é inviável. O papel do professor é incentivar e valorizar o que as crianças têm em comum. A escolha sobre com quem elas desejam ter uma relação mais próxima é absolutamente dela.

O que acontece No período de adaptação, primeiro há a criação do vínculo para que o trabalho escolar aconteça. Ele deve estar baseado no respeito entre as crianças e entre elas e os professores. Aos poucos - e naturalmente -, a afetividade vai sendo construída baseada nas afinidades dentro do grupo.

Como orientar os professores Os educadores devem intervir apenas quando a amizade prejudica a participação nas atividades (por exemplo, quando uma criança só quer ficar com alguns colegas e se isola do coletivo). A professora precisa ser orientada a desenvolver um olhar atento sobre as situações ideais para explorar os gostos comuns em favor da aprendizagem. Nos encontros de formação, invista na criação de oportunidades para que os pequenos se apresentem e falem dos seus objetos preferidos e discuta as situações reais que acontecem em sala.

Mito 4
Quando estão integrados ao grupo, os pequenos não choram mais
Ilustração: Guazzelli
Basta chegar à escola que as lágrimas aparecem. Se a mãe vai embora, elas aumentam. Na hora de brincar, de comer, de ler, choro. Muitos professores ficam desesperados e tentam distrair a criança mostrando imagens ou arrastando-a para um canto com brinquedos. Um engano, pois essa atitude pode atingir o objetivo imediato - que é acabar com o choro -, mas não resolve o problema.

O que acontece "Essa manifestação é apenas um sintoma do desconforto da criança", afirma Débora Rana. Interpretar esse e outros sinais - como inapetência e doenças constantes - é fundamental durante a adaptação. O que eles significam? Por outro lado, a ausência do choro não quer dizer que a criança está necessariamente se sentindo bem: o silêncio absoluto pode ser um indicador de sofrimento.

Como orientar os professores Uma criança que passa longos períodos chorando necessita de acompanhamento mais próximo. Na falta de auxiliares, ele pode ser feito pelo próprio coordenador até a criança se sentir mais segura. Ajuda também ter um plano para receber bem as crianças na primeira semana de aula. O uso de tintas, água e brincadeiras coletivas variadas é um exemplo de práticas atraentes que ajudam os pequenos a se interessar pelo novo espaço. Fazer com os professores uma orientação programada para que as crianças tragam objetos de casa - como fraldas, panos e brinquedos, que vão sendo retirados paulatinamente - auxilia a reduzir a insegurança.

Mito 5
A presença dos pais nos primeiros dias só atrapalha a adaptação
Ilustração: Guazzelli
Na porta da sala, uma dezena de pais se acotovela querendo ver os filhos em atividade. A cena, pesadelo para muitos professores de Educação Infantil, que não sabem se dão atenção às crianças ou aos adultos, é representativa de um elemento essencial para que a adaptação aconteça bem: a boa integração entre a família e a escola, que deve acontecer desde o começo do relacionamento.

O que acontece Nem todo pai ou mãe conhece as fases de desenvolvimento da criança e as estratégias pedagógicas usadas durante a adaptação. Eles têm direito de ser informados e essa troca é fundamental na transição dos pequenos do ambiente doméstico para o escolar. A ansiedade dos pais vai diminuir à medida que a confiança na escola aumenta - e isso só acontece quando há informações precisas sobre a trajetória dos pequenos.

Como ajudar os professores É função do coordenador pedagógico acolher as famílias, fazer entrevistas para conhecer a rotina da criança e explicar o funcionamento e a proposta pedagógica da escola, além de estabelecer um combinado sobre a permanência dos pais na unidade durante a adaptação. Criar juntamente com os professores um guia de orientação para eles com dicas simples - como conversar com a criança sobre a ida à escola, a importância de levá-la até a sala e de chegar cedo para evitar tumulto - pode evitar problemas. Além disso, desenvolver um relatório de distribuição periódica, com informações sobre os progressos na aprendizagem e na socialização das crianças ajuda a aplacar a ansiedade dos pais.
Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA
A Construção do Real na Criança
, Jean Piaget, 392 págs., Ed. Ática, tel. (11) 3990-1777, 36,90 reais
Os Fazeres na Educação Infantil
, Maria Rosseti e outros, 208 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3611-9616, 43 reais
Manual de Educação Infantil
, Anna Bondioli e Suzanna Mantovani, 356 págs., Ed. Artmed, tel. (51) 3027-7000, 66 reais